
O futuro do câmbio no Brasil: interoperabilidade, stablecoins e o novo marco legal
A digitalização financeira e os avanços regulatórios estão redesenhando o futuro do mercado de câmbio brasileiro. Com a crescente interoperabilidade dos sistemas de pagamentos transfronteiriços, o uso de stablecoins como rail financeiro, a padronização via ISO 20022 e a consolidação do Open Finance, criam um ambiente para que as instituições que buscam a inovação se posicionem estrategicamente para liderar uma nova era de eficiência, transparência e inclusão no mercado cambial.
Interoperabilidade: a base da nova economia global
A interoperabilidade entre sistemas financeiros internacionais — um conceito antes teórico — está se tornando realidade. Iniciativas como a expansão do PIX para operações internacionais e a integração com redes de pagamentos globais como SWIFT e Circle mostram que estamos evoluindo para um sistema onde transações entre países fluem com mais rapidez, segurança e menor custo.
Stablecoins: a nova infraestrutura ("rail") do câmbio
Stablecoins como USDC e USDT já são utilizadas globalmente como meio de liquidação instantânea, especialmente em regiões onde o sistema bancário tradicional apresenta falhas. No câmbio, isso significa operações 24/7, baixa volatilidade e redução de intermediários. O uso institucional dessas moedas digitais como "rails" — estruturas de liquidação — e a orquestração com sistemas de pagamento em moedas locais está em pauta no Brasil e no mundo e pode representar uma disrupção positiva para o mercado.
ISO 20022: padrão global de mensageria financeira
O novo padrão ISO 20022 estabelece uma linguagem comum e rica para a troca de dados entre instituições financeiras. A adoção desse protocolo a partir de 11/2025 permitirá maior automação, conformidade e integração com redes internacionais de pagamentos — essenciais para o futuro do câmbio digitalizado, possibilitando adicionalmente dual rail e a orquestração de pagamentos com ativos virtuais.
Open Finance como mitigador de riscos
A abertura de dados financeiros via Open Finance cria um novo horizonte para KYC (Know Your Customer), compliance e gestão de riscos cambiais. Com a troca estruturada de informações entre instituições, torna-se possível validar perfis de clientes com mais rapidez, reduzir fraudes e cumprir exigências regulatórias com mais eficiência.
Lei 14.286/2021 e Resolução CMN 5.042/2022: a base jurídica da transformação
O novo marco legal do câmbio — Lei 14.286/2021 e a Resolução CMN 5.042/2022 — estabelece princípios fundamentais como:
- Desburocratização das operações cambiais;
- Maior liberdade contratual entre partes;
- Redução de estruturas jurídicas redundantes;
- Estímulo à inovação tecnológica no setor financeiro.
Essa legislação alinha o Brasil com as melhores práticas internacionais e prepara o ambiente jurídico para a incorporação de novas tecnologias.
O Brasil está pronto?
O Banco Central tem demonstrado protagonismo com o Drex, o PIX internacional e uma postura colaborativa com o ecossistema cripto e fintech. A convergência entre tecnologia, regulação e padrões globais abre uma janela de oportunidade única para transformar o mercado de câmbio em um setor mais eficiente, inclusivo e seguro.
Reflexão Final: O futuro do câmbio no Brasil depende da capacidade dos agentes de integrar tecnologia, regulação e cooperação internacional. Com um marco legal moderno e inovação guiada por interoperabilidade e transparência, o Brasil tem tudo para ser referência global em câmbio digital.
A EFEX IP, como instituição de pagamento global está atenta a esse novo cenário e como provedor de soluções de pagamentos transfronteiriços está se estruturando para esse novo ambiente, com soluções tecnológicas que garantem a rapidez exigida pelo mercado e robustas com a segurança exigida pela regulação prudencial.
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